BARRO PRETO DE OLHO MARINHO

As primeiras evidências documentais da existência de oleiros em Vila Nova de Poiares só aparecem, nos registos paroquiais da segunda metade do século
XIX. O interesse do estudo destes assentos prende-se com o facto de que, a partir de 1860, estes registos passam a incluir as profissões de alguns dos intervenientes nestes atos.

Estas informações demonstram que a olaria, pelo menos desde a segunda metade do século XIX, era uma atividade económica central para muitos agregados familiares de Olho Marinho e região envolvente, facto que se refletia no número de pessoas dos vários agregados familiares que estavam diretamente envolvidas na produção das peças e na precocidade com que os mais novos acediam aos segredos da arte.

Neste sentido em 2022 iniciou-se o processo de certificação e segundo o Presidente do Município de Vila Nova de Poiares - João Miguel Henriques "«com este processo é possível garantir a qualidade e a autenticidade da produção artesanal da olaria de Barro Preto de Olho Marinho, o que lhe confere valor e, consequentemente, pode ser um contributo para que esta arte continue viva no nosso Concelho, afirmando-se como um dos ex-libris do nosso património material e imaterial»"